O câncer de bexiga é grave? Como descobrir? Tem cura? Vamos esclarecer suas dúvidas e responder a outras perguntas sobre esse método. Vem conferir!
Câncer de bexiga: uma preocupação para homens e mulheres. No episódio de hoje, o Dr. João Brunhara veio esclarecer algumas dúvidas sobre esse tipo câncer. É importante ressaltar que consultar um especialista é fundamental para obter um tratamento completo e adequado. Mas então, é grave? Como descobrir o câncer? Tem cura? O Dr. Brunhara responderá a essas questões importantes e fornecerá informações relevantes sobre o assunto.
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Sumário
00:40 Casos de câncer de bexiga
01:14 Por que é mais comum em homens?
01:43 Sintomas
02:15 Como descobrir o câncer?
04:00 Análise
04:54 Cirurgia
05:30 Graus do tumor
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QUEM SOMOS NÓS?
Somos uma plataforma de saúde e bem estar masculino, focada em seus problemas mais íntimos, com especialidades em dermatologia, psicologia, adaptada às suas necessidades e às suas particularidades. A Omens é um projeto pensado para ajudar os homens a se cuidar, enfrentar, falar e lidar com suas preocupações.
Na Omens, buscamos construir uma solução de qualidade, juntamente de especialistas, médicos e farmacêuticos brasileiros, proporcionando conteúdos, teleconsultas com médicos especializados e entrega de tratamentos e medicamentos!
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JOÃO BRUNHARA, O ESPECIALISTA DA OMENS
• Médico Urologista.
• Graduado pela USP, com formação complementar em Harvard.
• Corpo Clínico dos Hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês.
• Consultor Científico da Associação Americana de Urologia.
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TUDO SOBRE CÂNCER EM NOSSO BLOG:
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A palavra câncer já assusta muita gente, só de falar. E é verdade que alguns tumores recebem uma boa atenção nos meios de comunicação, como o câncer de próstata ou o câncer de mama. Mas tem um câncer que é menos conhecido e falado do que deveria, o câncer de bexiga. E então, o câncer de bexiga é grave? Como descobrir? Câncer de bexiga tem cura? Vamos responder essas dúvidas e outras sobre o tema.
Eu sou João Brunhara, médico urologista, e esse é o Omenscast, o podcast da Omens sobre saúde masculina.
Normalmente aqui no Omenscast a gente fala de temas que interessam principalmente aos homens. Mas hoje vamos falar sobre um tema que serve tanto para homens quanto para mulheres. E isso porque o urologista, como todo mundo sabe, é o médico do homem. Mas o urologista também é o cirurgião que trata as doenças do aparelho urinário. Por isso, um câncer de bexiga, seja em homens ou mulheres, é tratado pelo urologista.
Mas também é verdade que o câncer de bexiga no homem é bem mais comum do que na mulher. Para você ter uma ideia, são 10 mil novos casos por ano de câncer de bexiga no Brasil, sendo que aproximadamente 3 a cada 4 acontecem em homens. E a principal explicação é o fato de os homens fumarem mais do que as mulheres. Ou seja, sim, o fumo pode causar câncer de bexiga, e ele é inclusive o principal fator de risco.
Outros fatores de risco incluem exposição no trabalho a substâncias químicas, tintas e corantes, e também uma inflamação crônica, por exemplo em pessoas que usam uma sonda urinária ou que têm pedras na bexiga. Mas também é possível ter um câncer de bexiga sem ter nenhum desses fatores, apenas por motivos genéticos ou desconhecidos.
Diagnóstico
E quais são os sintomas do câncer de bexiga? Geralmente, o primeiro sintoma de um tumor de bexiga é sangue na urina, que se chama hematúria. Por isso, a informação mais importante que eu tenho para te dar hoje, independente do seu sexo ou idade, é que se você notar sangue na urina, você precisa procurar um médico. Até existem outras doenças que causam hematúria, mas é muito importante investigar se você tiver esse sintoma. Outros sintomas possíveis também são ardência para urinar, ou idas mais frequentes ao banheiro.
E como descobrir um câncer na bexiga? O exame de urina detecta câncer de bexiga? Na verdade, nem sempre. O exame de urina vai confirmar se existe sangramento, e pode ajudar a esclarecer se existe uma infecção urinária. Também existe um exame mais específico de urina chamado citologia urinária, para pesquisar a presença de células de sangue na urina. Mas esse exame nem sempre detecta um tumor.
Por isso, é fundamental também ser feito um exame de imagem, que pode ser um ultrassom do trato urinário, ou uma tomografia de abdome. Se existir alguma imagem suspeita no ultrassom, o próximo passo é um procedimento chamado cistoscopia, que é uma endoscopia da bexiga. Colocamos uma câmera através do canal da urina e procuramos diretamente a presença de algum tumor.
A cistoscopia também pode ser indicada mesmo quando não existem imagens suspeitas no ultrassom, mas quando se trata de um paciente de alto risco para ter um tumor pequeno, por exemplo idosos e fumantes, ou pacientes com sangramento em vários episódios.
A partir da cistoscopia, podemos realizar uma biópsia se encontrarmos alguma suspeita, e assim temos a confirmação do diagnóstico.
Tratamento
O tratamento inicial é uma raspagem do tumor, por dentro do canal urinário. Inclusive, essa raspagem pode ser realizada no momento da cistoscopia, se ela for realizada em um centro cirúrgico e sob anestesia. Nesse caso, o mesmo procedimento usado para diagnóstico já serve para o tratamento. O objetivo é que a raspagem consiga eliminar totalmente o tumor, pelo menos tudo aquilo que for visível.
A partir dessa raspagem inicial, se o diagnóstico for confirmado, analisamos mais algumas informações para definir o tratamento, que varia de acordo com os estágios do câncer de bexiga.
Primeiro, é necessário fazer uma tomografia do tórax e do abdome, para pesquisar a presença de metástases. Se existirem metástases, que são focos de disseminação do tumor para outras partes do corpo, o tratamento deve ser feito com quimioterapia, ou seja, remédios que atuam no corpo inteiro.
Mas quando não existem metástases, nosso foco é realizar o tratamento local, ou seja, tratar diretamente a bexiga.
Nesse caso, a principal informação é saber se o tumor é superficial ou profundo. Um tumor profundo recebe a classificação de T2, T3 ou T4, dependendo da profundidade. Aliás algumas pessoas erroneamente chamam esses casos de câncer de bexiga grau 2, 3 ou 4, mas são coisas diferentes, que vou explicar daqui a pouco.
De qualquer forma, um câncer de bexiga chamado de profundo ou invasivo precisa de uma cirurgia de retirada da bexiga, que é a cistectomia radical. Retirando a bexiga, é necessário reconstruir a saída da urina, e existem 2 opções: construir uma nova bexiga, usando um trecho do intestino, ou confeccionar uma bolsinha por onde sai a urina, parecida com uma colostomia.
Agora se o tumor for superficial, o tratamento fica muito mais simples. Nesse caso, a classificação é Ta ou T1. Nesses casos, a raspagem do tumor por dentro do canal é capaz de removê-lo por completo, e não é necessário retirar a bexiga.
Porém, aqui o tratamento varia de acordo com o grau. O grau do tumor é uma característica de agressividade das células, que é analisada no microscópio. Não usamos números mas sim uma classificação de alto ou baixo grau. Um câncer de bexiga de alto grau necessita, além da raspagem, do uso de uma terapia chamada BCG, que é injetada na bexiga e diminui o risco do tumor retornar. Já um tumor de baixo grau, muitas vezes pode ser tratado apenas com a raspagem, e sem a BCG, mas existem particularidades a serem analisadas em cada caso.
Se você está investigando ou tratando um câncer de bexiga, tenha um ótimo urologista do seu lado para te acompanhar nesse processo. Na Omens temos excelentes profissionais com qualificação na área de uro-oncologia.
Mas se você nunca teve nada disso, guarde uma mensagem importante para você e para seus amigos e familiares: se tiver sangramento na urina, procure um urologista o quanto antes.
E se você tiver mais dúvidas, comenta com a gente no instagram, facebook, tiktok ou no blog omens.com.br/blog. Te vejo lá.